Quarta, 27 de Agosto de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um parecer sobre o pedido da Polícia Federal (PF) para participar do monitoramento integral do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A solicitação da PF ocorre após a determinação de Moraes para que a Polícia Penal do Distrito Federal inicie o monitoramento do ex-presidente, que está em prisão domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, alertou que o sinal da tornozeleira pode falhar, permitindo uma possível fuga do ex-presidente.
Para mitigar esse risco, a PF propõe que uma equipe de agentes permaneça 24 horas por dia no interior da residência de Bolsonaro.
“Havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado, do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos”, justificou a PF.
A decisão de Moraes sobre o monitoramento foi tomada após parecer favorável da PGR e antecede o julgamento de Bolsonaro pelas acusações de envolvimento em uma trama golpista, com início previsto para 2 de setembro.
O parecer da PGR foi enviado ao STF após Moraes receber o pedido inicial de monitoramento integral, encaminhado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) ao diretor-geral da PF. O parlamentar argumenta que o aumento da vigilância é essencial para garantir a aplicação da lei penal e evitar uma possível fuga de Bolsonaro.